segunda-feira

Sobr'Arte - Da Literatura - "há letras e letras"

1. Inês Ramos e Maria Azenha .De costas, Fernando Esteves Pinto

2. Maria Costa e Silvestre Raposo

3. Maria Azenha e gabriela rocha martins

4. Paulo Pires ( dos Experiment'arte )

5. Parte da assistência

6. Segundo Momento Musical

7. Lisete Martins do Grupo de Teatro "Penedo Grande"

8. Lisete Martins dizendo o poema "Abril dói"

9. Improvisações de Paulo Pires dedicadas a Maria Azenha

10 .Em conversa, a Poeta Maria Costa

11. Maria Azenha

12 . Maria Azenha, a Poeta dos afectos

13 .Maria Azenha autografando o CD de Fernando Esteves Pinto
14. Maria Azenha autografando CDs

15 .Pausa...............
Alguns registos da apresentação do CD de Maria Azenha
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Excerto do texto de apresentação:

(...) “O Mar Atinge.nos”, de Maria Azenha, é um CD de maturidade, um vinho que se vai degustando gota a gota, faixa a faixa, e que nos toca, quer através de uma doce melancolia que perpassa ao longo dos sons da guitarra portuguesa, quer nos rituais em que as palavras, ductéis, com ela, guitarra, participam.
Raros são, hoje em dia, os Poetas que, como Maria Azenha, detêm esta capacidade de abrir as suas gavetas para delas retirar referentes sociais – sempre presentes mas nem sempre legíveis -, neste gesto tão nobre, quanto transgressor, que a escrita implica.
Com efeito e em síntese, ouvem-se, neste projecto, ecos de uma mestria simbolista e, Maria Azenha, ao "jogo subtil das palavras" contrapõe "um silêncio no outro lado da palavra", isto é, os seus poemas podem viver bem alto ou remeter-se ao silêncio, por mais audível que este seja. Uma vez por outra, os poemas encontram um ritmo de corcel, um ritmo de estro inspirado, sendo, ainda de considerar, as suas preocupações sociais com a transformação do mundo.
Se a fragmentação em guitarra/voz/sons/palavras foi o caminho escolhido por Maria Azenha para dar corpo a este belíssimo Poema, no qual os referentes constitutivos estão claramente definidos, o conjunto das faixas delimita, com uma complexidade comovente, o território dos afectos, nunca totalmente revelado, das sensações, das recordações, da realidade gritante, dando vida a muitos dos seus fantasmas.
Repudiando simulacros, Maria Azenha (re)constrói.se sobre a poalha do tempo, ao repudiar o formalismo lírico ou ao acentuá.lo - caso, por exemplo, do poema com que abre o CD - sempre que a narrativa, imposta pela guitarra, o exige.
Não estamos muito longe da verdade quando afirmamos que, em "O Mar Atinge.nos", Maria Azenha percorre, mesmo quando desarmada, os labirintos da natureza humana, dissecando.os, em busca da sua essência.
E assim, termino,
rendida ao deslumbramento que este belíssimo projecto, da minha “irmã”, Maria Azenha, me provocou……
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Um pouco mais de Sobr'Arte - Da literatura em Bosque Azul e Margens da Poesia