.1 - Casa onde viveu João de Deus
.2 - Casa-Museu João de Deus
.3 - Inauguração da Casa-Museu João de Deus ( 25 de Outubro de 1997 )
Dona Maria da Luz Ponces de Carvalho
Quinta Pedagógica de Silves e Casa-Museu João de Deus
No
dia 25 de Outubro de 1997, a Casa-Museu João de Deus,
integrada nos Serviços Culturais da Câmara Municipal de
Silves, abriu as suas portas ao Público......
.......
Era ,então, uma menina muito jovem, mas que ambicionava voar
alto e dar a conhecer a vertente poética do seu patrono (
diversificando-a ), relevá-lo como pedagogo, estabelecer
pontes privilegiadas entre as várias Entidades da Freguesia e
do Município, manter e fomentar relações de
proximidade com outras Instituições e Casas-Museu a
nível nacional e internacional ,e, ser um pólo difusor
de informação partilhada e de cariz diverso, tendo como
matriz a Língua portuguesa ( escrita e lida ).
A
menina de então ,cresceu, tornou-se uma jovem adolescente
rebelde ,brincalhona, determinada e, em cada novo ano, trocando
ideias com as Divisões da Educação, Cultura,
Turismo e Património, depois Sócio-Cultural, em que se
inseria, e solicitando o aval do Vereador da Cultura, de quem,
hierarquicamente, depende, aventurou-se ,em parcerias que foi
fomentando nas suas actividades Infanto//Juvenis – na
Ludoteca//Brinquedoteca//Mediateca//Cinemateca – como, por exemplo,
“Viver em Segurança”, projectos articulados com as Escolas
da Freguesia de São Bartolomeu de Messines e a GNR, “Futebol
Juvenil”, com a União Desportiva Messinense versus
Casa-Museu João de Deus ( equipas femininas e masculinas ),
“Palavras Andarilhas”, “Era Uma Vez”, “Jardins de Poesia e
de Afectos”, e, a elaboração de “flash-mobs”, em
articulação com o IAC.
Escreveu
livros,
como “O Livro Fantástico”, “João de Deus –
Trajectos” e promoveu outros “Um Conto com muitas estórias”,
um projecto conjunto da Casa-Museu João de Deus, o Jardim
Escola João de Deus, a Caixa de Crédito Agrícola
de São Bartolomeu de Messines e São Marcos da Serra e a
escritora Glória Maria Marreiros, e, “A Voz e o Sonho”,
sobre a vida da poeta messinense Maria Antonieta Júdice
Barbosa, da autoria de João Reys, e, ainda, apresentou outros,
por exemplo - “A Menina Marieta” e “Paraíso
Armadilhado”.
Soltou
“Papagaios de papel”, brincou com “Os Animais do nosso
Imaginário”, “Bichos com Fantasia”, andou pelo ar com “O
Fabulário de João de Deus e Outros Escritos”, em
colaboração com a Fábrica da Igreja de São
Bartolomeu de Messines, conviveu com o imaginário de uma
menina chamada Catarina e de outras Crianças e Jovens, pensou
na terceira idade e nos doentes do nosso Concelho - “Avó vem
contar-me uma história” e “SOS Leituras” – utilizando
a carrinha de Apoio à Saúde.
Aprendeu
com desenhadores e ilustradores,
caso da Marta Jacinto e do Fábio Pontes, participa,
anualmente, nos “World Play Day”, em parceria com o IAC e
diversas Instituições locais, e, ao tornar-se uma jovem
mulher, solidária com os menos afortunados, trocou e troca,
gratuitamente, Livros, Revistas, Cds e DVs , primeiro, em “Vamos
Ler Juntos”, “Vamos Continuar a Ler Juntos”, “Livros à Varanda”, e, agora, em "Café com Livros".
Fomentou
Concertos e Recitais
– Cantares de Janeiras e de Reis, Concertos de Guitarra Clássica,
Recitais de Dança, Pautas Solitárias – Conferências,
Debates, Mesas Redondas e Homenagens
– O Papel dos Media, Notícias na Minha Terra, Mulheres
dia-a-dia; Palavras Soltas, Povoamento Alto Medieval de São
Bartolomeu de Messines, Homenagens a Maria Antonieta Júdice
Barbosa e Augusto Pires Martins, Exposições,
de que releva – “Viagens”, “10X10”, “José Régio
e os seus pequenos mundos”, Nela Muller, “Olhares com Memória”,
Exposições de BD, Fotografias de José Soudo e
Tátá Regala, Jorge Cardoso e Mário Pérola,
Daniel Vieira e pai, Jorge Estevão, Jorge Estevão &
Amigos, “Imagens de Cabo Verde”, “Entre o Sonho e a Miragem”,
“O Cante e a Terra”, “Contos para Sonhar”, “Letras e Cores;
Ideias e Autores”, “Páginas do Meu Instantário”,
de Cuca Fiadeiro e “Vidas de Arrasto” – co-organizou
Ciclos
de Cinema e Dança, Jornadas e Seminários –
Fóruns “Gerir nos Nossos Dias”, “Ambiente e Património”,
e, “Espiritualidade, Cultura e Pedagogia em João de Deus”,
com a EPAAlg, Escola Profissional de Alte, Caixa de Crédito
Agrícola de São Bartolomeu de Messines e São
Marcos da Serra, MIL, Revista Nova Águia, Fundações
Lusíada e António Quadros, Círculo António
Telmo e Associação Agostinho da Silva – participou
em Encontros de Casas-Museu, nomeadamente,
no I Encontro Nacional de Casas-Museu, em S. Mamede de Infesta, no
Encontro Internacional do ICOM PORTUGAL/DEMHIST ( Demeures
Historiques ) e fez parte da elaboração dos primeiros
estatutos da Associação das Casas-Museu Portuguesas.
Mantém
laços de proximidade com as Casas-Museu Abel Salazar, Teixeira
Lopes, João Soares, Dr. Anastácio Gonçalves,
Fundação Eça de Queiroz e Casa de Camilo, com as
quais, ainda hoje colabora.
Criou
Passeios Pedestres e Literários
- “Às Voltas com João de Deus”, “Pelos Caminhos
de João de Deus”, “Sinais da História” - 1ª
e 2ª edições -, “Na Rota dos Menires”, “A
Geração de 70; Uma Questão de bom senso”,
projectos articulados com a Divisão do Património
Histórico/Arqueológico e Museus, e, Sector do Desporto
da CMS, a Junta de Freguesia de Messines, Grupo Amigos de Messines,
Casa do Povo de São Bartolomeu de Messines, o Grupo
ExtremoSul, Grupo de Teatro Penedo Grande e Jardim-Escola João
de Deus, Adventos
Poéticos e
Teatro – desde
1999, em parcerias anuais com os Grupos de Teatro da Estrada e Penedo
Grande - deu
vida a projectos bienais – “Bienais
de Poesia de Silves” e “Conversas com Sabor a Terra”,
“SOBR'arte”
– Ciclos de Exposições, Artes e Tradições,
Pintura e Escultura, Fotografia, Literatura e Cinema –
“CONTAMIN'art”,
em parceria com o Grupo de Teatro Penedo Grande – Intervenções
de Rua, “Figurações Poéticas”, “A
Palavra//Corpo”, “Photoscripta”, “(Des)construção
de Palavras, Corpos e Movimentos”, voou mais alto em “Libert'arte”,
comemorou e comemora a Revolução dos Cravos//25 de
Abril e criou a “QUINTOT'eca”,
projecto conjunto com a Quinta Pedagógica de Silves.
Todos
os meses, nas suas “Viagens
Literárias”,
tem percorrido Países e conhecido diferentes Culturas, Línguas
e Literaturas, e, desde 1998, num compromisso formal assumido com a
artesã Alzira Cabrita, recria o seu Presépio em
cortiça.
Hoje,
mais crescida e mais experiente, reconhece, prioritariamente, a sua
função social integradora que a torna num instrumento
para proporcionar uma tomada de consciência das relações
do individuo com o seu "habitat" e o ambiente histórico
e cultural em que se integra, o que a obriga a um vínculo cada
vez mais forte com a vida quotidiana na história, através
dum passado construído, dum presente vivenciado e duma
perspectiva futura, como uma instituição activa que se
manifesta através de actividades concertadas e a concertar,
também, com outros Sectores e/ou Equipamentos camarários.
Inserida neste contexto e, pela sua trajectória, a Casa-Museu
João de Deus tenta, ontem como hoje, que o cidadão da
Freguesia de São Bartolomeu de Messines se identifique com ela
e como um elemento participativo de uma integração
interactiva, já que o espaço sócio-educativo-cultural
sempre funcionou como um pólo aglutinador e distribuidor de
cultura.
Tendo
por base todo o passado e presente, é seu mister, quanto ao
futuro próximo, dar corpo a dois grandes projectos, dos
quais só levanta um pouco o véu – TEIA
– que envolverá Artistas Plásticos, Performativos,
Cineastas, Fotógrafos, Poetas, Músicos, Bailarinos,
Críticos Literários, Editores e Escolas, e - “A
Arte de Amar em João de Deus”
- com as Escolas da Freguesia de São Bartolomeu de Messines e
Instituições locais, regionais e nacionais, numa
aprendizagem permanente, certa de que, só em conjunto, será
capaz de escrever a sua história, sempre renovada .......